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O MERCADO DA NHL

  • Foto do escritor: David Marcos
    David Marcos
  • 16 de out. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 17 de out. de 2020


*TODOS OS CRÉDITOS DE FOTOS/IMAGENS A: Getty Images/Associated Press/USA TODAY Sports/CTS365


A “free-agency” da NHL, assim como nas restantes ligas norte-americanas, é o momento onde as equipas podem contratar, pela via monetária, jogadores em fim de contrato. Fora disso, todas as restantes aquisições são feitas na base de trocas. Isto é, a equipa x oferece um ou mais jogadores para adquirir um ou mais jogadores da equipa y. As escolhas no draft - evento que consiste em escolher jogadores juniores para fazerem parte dos quadros do clube - também podem ser incluídas nas trocas. A juntar a tudo isto existe um curto e rígido teto salarial, que é literalmente gerido com pinças, pelo menos pela maioria das equipas. Vamos aos destaques do free-agency de 2020.


ALEX PIETRANGELO, O MAIS CARO DO MERCADO

O jogador mais apetecível neste mercado. O defesa canadiano, agora ex-capitão dos St. Louis Blues, chegava a este mercado com 450 pontos - somatório dos golos e assistências - em 758 jogos. Pietrangelo representava os St. Louis Blues desde 2008, depois de ter sido selecionado na quarta escolha do draft, nesse mesmo ano, pelos Blues. No verão de 2016 é nomeado capitão de equipa, o 21º da história da equipa. O seu último contrato com a equipa de St. Louis foi assinado em 2013, válido até 2020, no valor anual de 6 milhões e meio de dólares. O experiente jogador, campeão em 2019, muda-se agora para Las Vegas onde vai receber por 7 anos, a princípio, quase 9 milhões de dólares anualmente.


O MERCADO DOS GUARDA-REDES

Este seria um dos motivos mais interessantes para acompanhar o mercado neste ano. Teríamos, pela primeira vez, em muitos anos, diversos guarda-redes experientes e de grande valor a entrarem no mercado “dos sem contrato”. Destaquemos rapidamente quatro:

1. Henrik Lundqvist: uma lenda-viva dos New York Rangers, equipa representou em toda a sua carreira na NHL, desde 2005. É na história dos Rangers o guarda-redes com mais jogos, mais vitórias e mais jogos sem sofrer golos. Aos 35 anos, o seu passado recente na equipa não é brilhante e o aparecimento de dois bons jovens guarda-redes empurraram o lendário sueco para fora da equipa. Segue a sua carreira em Washington, pelos Capitals, num contrato válido por uma temporada.

2. Corey Crawford: guardião de duas Stanley Cups pelos Blackhawks, em 2013 e 2015, viu o seu contrato não ser renovado, apesar de querer continuar na equipa, com a justificação de uma aposta em guarda-redes mais jovens. O experiente guarda-redes canadiano nem sempre foi consensual nos adeptos dos Hawks, mas era sem dúvida uma das peças importantes da equipa, tanto no gelo como fora dele. As concussões de que foi vítima desde 2017 - foram duas - colocam em causa a sua consistência física e por conseguinte a sua performance entre os postes. Agora assinou pelos New Jersey Devils por 2 anos com um salário de quase 4 milhões anuais.

3. Braden Holtby: campeão pelos Capitals em 2018, decidiu procurar um novo desafio na sua carreira, trocando a equipa de Washington pela primeira vez desde que entrou na Liga em 2009, titular desde 2014. O canadiano é o guarda-redes com mais vitórias e jogos sem sofrer golos pela equipa da capital americana. Teve alguma inconsistência nos últimos dois anos, vendo a sua titularidade ameaçada em alguns momentos. Assina pelos Vancouver Canucks, contrato válido por 2 anos com um salário anual de 4.3 milhões de dólares

4. Jacob Markstrom: o guarda-redes mais caro deste mercado. O sueco vive um bom momento na carreira e foi um dos pilares na reconstrução e reaparecimento dos Canucks nos playoff. Este usou isto a seu favor e foi à procura do “seu contrato”, acabando por encontrá-lo ali mesmo no Canadá, neste caso nos Calgary Flames. Markstrom assinou por 6 anos, recebendo anualmente 6 milhões de dólares.


TOREY KRUG E TAYLOR HALL, SURPRESAS DO MERCADO.


No ramo dos contratos mais dispendiosos, estes senhores são os que se seguem a Pietrangelo. Vamos por partes. Taylor Hall. Bom é complicado fazer previsões para o avançado canadiano. A meio da temporada passada chegou a Arizona, por via de troca, depois de uma passagem bem-sucedida pelos New Jersey Devils, tendo como exemplo os 93 pontos anotados na temporada 17/18. Contudo, não provou o seu valor nos Coyotes, onde fez apenas 17 pontos em 35 jogos na temporada regular, e não mais que 6 pontos nos playoff, tendo a equipa rapidamente fechou as portas à renovação, sabendo da despesa que teria. Hall não foi muito procurado no mercado, principalmente pelo seu custo/benefício, assinando contrato com os Buffalo Sabres, de apenas um ano com um pagamento de 8 milhões anuais, sendo até ao momento o segundo mais caro do mercado.

Torey Krug, defesa canadiano, tinha uma proposta de renovação pelos Boston Bruins, e muito sinceramente pensava-se que este iria continuar por Boston, mas as coisas atravessaram-se e assinou pelos St. Louis Blues, com um contrato válido por 7 anos com um pagamento anual de 6 milhões e meio de dólares. Krug chega aos Blues com mais de 300 pontos em 523 jogos na Liga – todos pelos Boston Bruins. A equipa de St. Louis não demorou muito a encontrar sucessor para Alex Pietrangelo na sua defesa.

Com a temporada a começar possivelmente em janeiro, várias equipas ainda estão longe de ter os seus plantéis fechados para os seus jogos iniciais. Ainda existem renovações para fechar e muitas trocas por acontecer, tendo em conta que algumas equipas estão apertadas pelo teto salarial e ainda procuram peças para consolidar os seus plantéis.

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